Lanche das três e meia
Chega uma hora que a sala fica pequena, a coceira pelo café, o bate papo e os nico*, é preciso um break. Nessas horas as conversas se cruzam e contaminam de distrações, interações e contentamento pelas novidades a cada dia reveladas;
Entre um café, pão com manteiga, certo Fernando e muita resenha, o ambiente fica leve e descontraído.
Por falar em pão, essa menina está mudando, era só danoninho, agora já entrou de sola no bromato e no trigo, lembre-se do livro Barriga de Trigo.
Pense numa conversa xonada, o papo se arrastou por minutos a fio, agora o assunto não deu para saber, mas pela cara do Edilson era papo reto.
Se o papo de Edilson e Douglas não dava para se ter uma ideia, a profe foi logo dando o recado na volta para a sala "- Já falei com a Francini, não é correto entrar na cozinha sem camisinha, ops, digo, sem cueca". Vocês entenderam. Ela já entregou todo mundo, X9 total (sem ofensa, profe).
Algumas coisas chamaram atenção. O relato do Reynaldo sobre a proprietária do Restaurante 100 Estrelas da 25 de Março em São Paulo, depois de saborear inúmeras iguarias, ficou sabendo que queimavam ratos vivos e ainda se divertiam com a cena; no mínimo duas contravenções. O ambiente enfestado de ratos, crime por negligência e higiene controvertida; o holocausto do bichano sem direito a defesa ou lamento, crime ambiental inafiançável.
Nosso primeiro DTVCC/001
'DIÁRIO' Turma Vespertino do Curso de Cozinheiro.
* Nicotina. Os fumantes, mano!
Neste dia, nada melhor que ser traduzido pela música que embalou meu namoro, meu noivado, meu casamento e meus dias felizes,
Cat Stevens
hoje, Yusulf Islam
Pai e filho
Não é tempo de fazer uma mudança
Apenas relaxe, vá com calma
Você ainda é jovem, por isso erra
Ainda há muito que você tem que saber
Encontre uma garota, estabilize-se
Se você quiser, você pode casar
Olhe para mim, eu estou velho
Mas eu sou feliz
Eu fui um dia como você é agora
E eu sei que não é fácil
Ficar calmo quando você encontra
Algo acontecendo
Mas na sua vez, pense bem
Eu acho que tudo que você conquistou
Pra você, ainda estará aqui amanhã
Mas seus sonhos, podem não estar
Como eu posso tentar explicar?
Quando eu tento, ele se afasta novamente
E sempre foi assim
Mesma velha história
Desde o momento em que eu poderia falar
Me ordenavam ouvir
Agora tem um jeito e eu sei
Que eu tenho que ir embora
Eu sei que eu tenho que ir
Não é tempo de fazer uma mudança
Apenas sente-se e vá devagar
Você ainda é jovem, por isso erra
Há tanto pelo que você tem que passar
Encontre uma garota, estabilize-se
Se você quiser, você pode casar
Olhe para mim, eu estou velho
Mas eu sou feliz
Todas as vezes que eu chorei
Guardando por dentro todas as coisas que eu sabia
E isso é difícil, mas é ainda mais difícil
Ignorar isso
Se eles estivessem certos, eu concordaria
Mas são eles quem sabem, não eu
Agora tem um jeito e eu sei
Que eu tenho que ir embora
Eu sei que eu tenho que ir
Perdeu Playboy
Esta manhã, na fila da panificadora, ouvi de duas pessoas à frente um comentário negativo, diria até ruim, do ponto de vista de ser algo que causa maldade, desconforto, incomodo.
Um dos interlocutores repetiu uma frase muito comum infelizmente, que remete um ato de selvageria e maldade, "- Perdeu playboy", disse, em tom de brincadeira.
Se é melhor ser surdo que ouvir bobagens, sem exageros, evidentemente, tanto melhor ser mudo que propalar o mal.
Nossos dons, as habilidades dos sentidos, sobretudo a fala, deve ser veículo de ensinamento, canal de paz, oferta de caridade. Servir de base para alçar novos estágios de evolução e conhecimento prático. O uso indevido, sem objetivo, sem um propósito coerente com seu grau de evolução é retrocesso, desperdiço de oportunidades em propagar o bem em detrimento da maledicência.
Reflitamos a respeito.
No vídeo anexo mostro a subida ao Mirante de Joinville; é visível o desconforto para quem como eu, tem falência adrenal, a falta da produção natural de cortisol, os hormônios se ressentem e o gás que deveria chegar ao cérebro com fluidez, acaba por rarear e causa tontura e enjoo. A pressão é grande mas o desejo de chegar é maior. Portanto, a ladeira abaixo é a pressão arterial, foi lá nó pé.
Desde o maternal
Há uma frase atribuída a Einstein, em que, caso haja a terceira guerra mundial, não imagina quais as armas que seriam usadas, porém, em havendo uma quarta, as armas serão paus e pedras. Isto pode parecer trágico, não fosse por um detalhe.
O avanço da população mundial e a escassez de alimento. Infelizmente, penso que o cientista tenha acertado quanto às armas, no entanto, errou, na motivação. A conquista da hegemonia racial ou econômica.
A fome espalha-se pelos continentes. Vemos nos telejornais a fuga de milhões de refugiados em busca de cidadania, paz e principalmente alimento.
O Brasil hoje, embora distante, tem recebido um grande número desses deserdados. Somos um país com característica continental, temos na região norte a maior floresta tropical do planeta com uma bacia hidrográfica de causar inveja, entretanto, a cultura predadora da indústria extrativa, avança de maneira insaciável e destruidora.
Gera dividendos ao PIB brasileiro, isto é fato, tem mantido um
número expressivo de empregos no setor, esquecem-se, no entanto, de que é preciso pensar no material mais importante e base para essa relação. A terra.
Defensivos, agrotóxicos e produtos estimuladores da
produtividade do solo, são, em contrapartida, seus mais prejudiciais algozes. As soluções, muito embora haja líderes sérios e preocupados, ficam apenas nos debates e simpósios ao redor do mundo. Pouco ou quase nada sai do papel.
A busca por melhor qualidade de vida, faz nascer a cada dia novas tendências e tecnologias de plantio e repovoamento de áreas antes férteis e hoje devastadas, o número ainda é pequeno, mas caminha.
Esse crescimento se dará, ao meu ver, pela educação. A doutrina pelo verde, pela ecologia sustentável, deve ser material constante desde o maternal. Criamos soluções, porém, quem as deveria praticar estão completamente viciados e desconectados com a real situação do planeta.
Uma nova geração, com ideias igualmente novas e desprovidas do vício da ganância, tendo o solo como um aliado e não como um meio, não como simples matéria prima.
Foto ilustrativa: página www.esmg.net.br
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