Este é o box da Conceição no Mercado do 1.
Já expliquei aqui mesmo neste blog em texto anterior, o significado de “do 1”. Vivendo de Inhapa
Ali se tem o que é de tradicional na culinária portovelhense, sobretudo, no café da manhã. Tapióca, cuscuz, curau, coisas do norte que o nordeste também colaborou com sua migração para essas bandas. Tem também o jeitinho Conceição de atender, cada box tem o seu, questão de preferência, gosto não se discute, contempla-se. Volta e meia surge um conhecido, amigo, alguém que não se via a tempos.
Mercado municipal é assim, popular e agregador.Não pode faltar a pimenta de especiarias.
Esse é o cartão postal, literalmente postado na parede do mercado.
A Correria
Tudo parece descontrolado, um sistema de transito completamente sem nexo, direção é a que o cliente pede, vira daqui, desvia dali e a vida segue num ritimo energizado e certeiro.
Cheguei mais tarde à pista de caminhada que demanda ao aeroporto de Porto Velho. Porém, o astro rei ainda não tinha se mostrado por inteiro. O bom deste lugar é a cor do céu, azul de um sem igual. A brisa é reconstrutora e perfumada pela mata amazônica que envolve todo o trajeto. Porto Velho tem seus encantos.
No instante em que ele surge, as vistas se confundem, as meninas marejam e o calor domina a cena.
Bom caminhar e respirar logo cedo, rever alguns amigos, Paulo da Panificadora Estrela do Norte e Mr. Gordon, conselheiro Núcleo São Miguel.
Ótima quarta-feira, excelente dia!
Revendo Amigos
O bom de retornar às cidades que morávamos, de tempos em tempos, é poder ser surpreendido pelo reencontro com amigos, conhecidos, parentes, enfim, gente.
E melhor ainda quando é uma pessoa querida, alegre, está sempre trazendo novidades ou nos fazendo lembrar de coisas, causos e palavras por nós esquecidas.
Na manhã de terça feira, 11/07, após a caminhada na pista¹, Eric e eu fomos até ao Mercado do 1. Tem esse nome por ser o KM 1 do que provavelmente já foi a saída de Porto Velho sentido sul do país. Na barraca da Conceição, (saudades do vozeirão do Cauby), uma tapioca de responsa, massa grossa e macia, carne, ovo e queijo. Dez! Um café preto sem açúcar, olho para o lado à minha frente, quem vejo? Fui até ele e disse “- Se não é ele é irmão dele!”, mais que depressa, instantaneamente ao final da frase ele emendou, “- Sou eu!”. Léo Ladeia.
Falamos de um tudo. Menos maldizer de quem quer que seja. Embora, tem uma penca de políticos que merece um tratamento especial, tipo sexta-feira da paixão, aquele boneco que penduram nos postes e dê-lhe peia. Me fez lembrar um tanto de ditados populares, daqui e de outros estados. Lembrando a ele uma patologia crônica que me acometeu, e quando o médico me examinou disse que eu estava no Bico do Corvo, ele logo enriqueceu a conversa, “- Se fosse aqui, você estaria na Pica do Saci”. Verdade. Mas se não bastasse, lembrou-se de um ainda mais antigo e do qual havia me esquecido, “- Você tá vivendo de nhapa²”. Isso tudo porque sou igual a uma seriguela, por fora vermelhinha e bonitinha, por dentro cheia de tapuru³. Se não fizer a reposição hormonal diária, eu disse diária, nada funciona.
Por seu turno, Léo mostrou-se preocupado com resultados de exames médicos, não propriamente com o exame ou o resultado, mas com uma luz amarela muito comum de acender em momentos semelhantes. Contou que está mais introspectivo nestes últimos dias, uma questão de foro íntimo, reflexivo, analítico em relação ao sentido da vida e dos acontecimentos. Relaxa meu caro, ainda espero lhe ver na rua 1900, na areia branca de Itapoá, tomando uma gelada e de pés descalço, só angariando energias da Rainha da Pedra Mar.
Bom te ver!
¹ Pista – Espaço da Av. Jorge Teixeira entre Hospital de Base e Aeroporto. Fica fechado pela manhã, das 5 às 9 ou 10h, de domingo a domingo no sentido de quem vem do Aeroporto, para que a população possa caminha, pedalar, surfar no skate, entre outras.
² Nhapa – Viver de sobras, migalhas, daquilo que se ganha. No jogo de Bolitas, aqui conhecido como peteca, as bolinhas de gude, quando o sujeito ganha todas as bolitas do adversário, ele dá algumas para que o jogo continue.
³ Tapuru – Coró, bicho, vermes.
Ministra da Eucaristia
Neste domingo, 9 de Julho, às 21:00, chegaram, Graciela e Gil com o filho Emílio, vieram trazer a Montanha até Maomé. Como o Ernandes não está podendo se locomover, o Ministério da Eucaristia veio até ele. Uma visita importante em momentos onde a presença de Deus, através de seus emissários, vem trazer alento e esperança às nossas ansiedades. Graciela veio representando a Comunidade Católica Espírito Santo, realizou a missa e ofereceu a eucaristia ao Ernandes. Gestos simples, porém, grandioso no propósito do servir aos cuidados do Divino Mestre. A Montanha é grande na sua bondade, no seu amor e na cura aos que lhe devotam a fé ardorosa, a montanha é Jesus.
A devoção ao ensinamento
Nesta manhã, 05:15, chega à casa do pai e pacientemente, com atenção e carinho lhe dedica todo o amor e compreensão.
Um ritual rotineiro quando não está fora em viagem.
Há uma parcela de entrega além do que se espera de um filho, é o reconhecimento de uma amizade de longa data.
Cada um tem sua missão nesta vida, mas é possível acomodar certos compromissos em favor de algo ou alguém que nos alegra.
O alimento mais eficaz, o amor!
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