TEM DIA QUE PARECE NOITE...
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Minhas unhas do pé dormem...
Repousadas anexas aos dedos que também dormem;
Contemplados pelo alongamento dos pés que repousam; o que deveria ser elo de comunicação com a canela, o tornozelo, dorme;
A canela por sua vez acha que o joelho que também repousa, esta muito acima de suas possibilidades de comunicação, não quer papo. Dormita igual.
Coxa, as tais que musculosas são como árvores frondosas, sucumbem ao profundo sono desmaiada como tal;
As ancas, assim como os quadris, e tudo que o que os acompanha, descansam o restabelecer infinito, não acordam nem aos gritos.
Bexiga xinga, espremida e com vontade de exalar excesso sem sucesso;
Abdômen pediu aos céus que o ronco lhe fosse eterno, atendido descansa tal qual água de lagoa, parado, estagnado e lesado.
Costelas são costelas, se o pulmão esta em níveis de contenção ninguém percebe sua atuação.
Tórax arfante nem pensar, os mamilos estão a declinar, nem adianta o burilar, entregou-se ao bom e antigo ninar.
Com os ombros arqueados nem da pra contar, cansados de tantas lamúrias resolveu aposentar.
Pescoço então dorme qual criança, finge que entende e só se balança porque não aguenta o peso da cabeça;
Os ouvidos, pensas que são loucos? Nada disso, apenas moucos;
Nariz não quer saber de nada, talvez um agradável cheiro de pão francês recém saído do forno; oxalá fosse verdade.
Os olhos? Bem, sem eles e os braços como achas que escreveria estes mal fadados traços?
Mas, não penses que estão acordados, são conduzidos pelo sexto sentido algo parecido.
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