Tamara
Dia desses minha amiga me falou que Itapoá era um lugar estranho e que as pessoas não eram amigas de ninguém uma das outras, que está se sentindo cada vez mais só.
O que dizer numa hora dessas? Penso que, convivemos com reveses e ferimentos. Tanto ferimos, quanto somos feridos. Quando percebemos, independente da idade, que temos mais daquilo que merecemos do que desfrutamos da vida, que olhando para os lados somos ainda muito mais felizes e melhores que muitos que nos rodeiam, essa noção da realidade que vivenciamos é de tal forma importante que precisa ser melhor apreciada e examinada. É quando temos que olhar para dentro e seguir em frente. Quanto mais dentro, mais fora. O íntimo, nosso profundo quando bem analisado, nos leva para fora. Fora da auto-piedade, fora do alcance das intrigas, do falso, da inveja, das lamentações, sobretudo. Então, siga adiante. Ao invés de desistir, pare, respire, descanse e continue. Não abra mão de você. Já que todos sofrem, todos vivem, em dado momento, percebemos que algo está fora do contexto, deslocado, errado. Então, nos pegamos falando sozinho, cantando fora do chuveiro. Mesmo que sua noite passada foi ímpar em tudo, solitária, desprotegida e comprida, não desista. Não é pelos tombos e sim pelas vezes que levantamos. Todos nós caímos, nos desencantamos, nos decepcionamos, só que isso não é exclusividade sua. Estou falando sua, para nós, humanos, sensíveis, solidários, os que se importam. Procure por alguém, peça ajuda, lembra-te, pedis e obtereis, procurais e achareis, batei e abrir-se-vos-a! não estamos sós nessa vida. Por mais longa que possa ser a noite, pratique a meditação, respiração, ore, pois o sol estará à disposição dos fortes e valentes, dos que acreditam e querem seguir adiante. Afinal, você se esqueceu que tem muitos amigos em casa, toma um mate com o Billy, chama o Paco para conversar, te garanto que eles lhe darão a maior e melhor atenção que ninguém poderá dar. Não perca seu norte, nem deixe de crer. Acredite sempre!