Por vezes me pego vendo uma foto, um texto antigo e começo a vaguear, visitar o vazio.
E aí meu caro irmão, como você está? Afinal, são nove anos, dois meses e 17 dias. Um período em que tantas coisas aconteceram por aqui. Você tinha um neto, agora são seis, sendo que dois ainda em preparação no forninho materno aguardando para deixarem a vida uterina. Três meninas e seis netos! Sua semente gerou bons frutos, claro que alguém havia de ficar regando, e nisso, sua companheira à época, fez e continua a fazer com muito esmero e bem, e com ajuda do Agnaldo, que muito lhe estima.
Sabemos que no plano em que se encontra as horas e o tempo passam de forma diferente, no entanto, para nós é como um bom filme, a cada ano vai ficando para trás, as cenas vão sumindo, ficam apenas as icônicas, as que marcaram para cada um de maneira particular e única. As imagens exigem um pouco mais de concentração afim de que se formem na sua plenitude, não que isso seja uma falha de nossa parte, nunca, apenas é o tempo nos convidando a caminhar para novos episódios, novas emoções, já que certamente, haveremos de vivenciar outras partidas, outras despedidas, mas também, como dito no início, outras chegadas.
Curiosamente, estamos em período de copa do mundo de futebol, logo, me vem à lembrança nesse filme belíssimo e em tela grande, sua canhotinha ágil e decisiva nas partidas que disputou, nos torneios e campeonatos que jogamos. Bom, estou terminando por aqui o relato dessas boas lembranças, mas, caso tenha o merecimento e oportunidade e venha a encontrar o pai e a Rose, diga que sempre me lembro deles e peço à providência Divina para que os sustentem e os amparem, e por aqui, estamos indo, sempre confiantes e esperançosos.
Até um dia, no tempo de Deus!