O Presente 🎁
Houve um tempo em que guardávamos até os papéis do presente quando éramos presentados. As caixas então, eram tão mais importantes que eram guardadas para uso como a caixa de apetrechos, ou, onde eram guardados nossas pequenas relíquias, fotos, figurinhas, tampinhas de refrigerantes exóticos, bilhetinhos outros que nem aqui cabe revelar (!), objetos pessoais, enfim, qualquer coisa que precisasse ser guardada, escondida aos olhos de curiosos. Mas, o que aconteceu então com a nova geração, nascidos de 2000 para cá? Ao receberem um presente a regra é, rasgar numa velocidade que nem ao menos se perceba a cor do papel. Aquele cuidado em curtir a maneira como o pacote fora feito, as dobras e redobras, o laço do fitilho, a etiqueta que já trazia uma mensagem ou palavra de felicitação. E o que dizer da brincadeira do amigo secreto? Agora é amigo da onça, e tem o seguinte, se não gostar do presente, da cor ou formato, trocam no dia seguinte, e nem se prezam em comunicar ou justificar antes. As pessoas deixaram de se importar com o gesto, a intenção, com a própria pessoa que foi escolhida aleatoriamente num sorteio que poderia ser um bom motivo para um recomeço em caso de uma desavença que existisse, o que era muito comum, ou seja, quando o universo conspirava em prol dessa reaproximação.
Novos tempos, novos trejeitos, novos, novos...
Qual o problema com os velhos tempos?
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