... Na cidade, para ajudar a família
e sobreviver ao momento dessa
transição abrupta, vendia abacates
de um pé que havia no quintal da
casa onde morava. Acompanhava
a tia oferecendo nas lanchonetes,
bares, hotéis e pequenas revendas.
Dessa época lembra-se que o
dinheiro arrecadado servia também
para custear os estudos.
Tempos difíceis, aqueles. O mundo
respirava uma fumaça indigesta e
que mais tarde seria lembrada
como cheiro da incineração humana.
O Holocausto. Havia filas para
tudo que se referia à bens de
consumo. Um quilo de açúcar
não exisita naqueles dias;
substituido pela rapadura
Nesse clima, o pequeno órfão
lutava diariamente para chegar
à outra margem do rio. Sabia apenas
que era preciso atravessar o rio.
(continua...)
LuizcomZ
Enviado por LuizcomZ em 14/04/2010
Alterado em 15/04/2010