Os pinguins costumam passar a vida inteira com o mesmo parceiro.
Dos animais da criação, até onde este aprendiz de escritor sabe,
são os únicos animais da criação que se relacionam por afinidade,
ao contrário dos demais, por instinto.
A vida 'selvagem' acaba por nos ensinar o óbvio.
Precisamos ser fiéis com tudo que nos relacionamos,
viver de forma coerente com nossa formação,
familiar, psicológica, profissional e religiosa.
Há quem pense que talvez essa não seja 
a ordem correta para a nossa coerência.
Não importa. Não é a ordem o mais importante e
sim, o que se faz com nossas convicções acerca
de cada uma dessas características.
Por vezes nos distanciamos desses propósitos.
Em momentos cruciais de nossa jornada,
nos afastamos tanto que nos sentimos
impróprios para retornar ao que é certo.
É como um caminho sem volta.
O pior de tudo é que sabemos estar errados,
e não temos a coragem de enfrentar
nossos sócios, chefes, colegas de báias,
que dirá os familiares.
O reduto doméstico é a verdadeira arena.
Leões, crocodilos, hienas e serpentes,
todos no zoológico familiar.
E pensar que tudo foi devidamente
encomendado por nós mesmos.
Livre-arbítrio. É o poder ou possibilidade de
tomar decisões seguindo somente
o próprio discernimento.
Acrescento, ainda e principalmente,
a herança espiritual. Lamento.
Ela existe e mais cedo ou
mais tarde nos será cobrada.