Navegar é preciso, Viver não é preciso!
Lembrete aos marujos desavisados,
o 'preciso' do título não é verbo!
Muito menos apologia ao ócio teria sentido.
Repensar maneiras e costumes.
Preciso aqui é adjetivo e nos remete a pensar,
pensar que de fato a vida não é precisa.
Aquele a quem ofendeu hoje pela manhã,
talvez não possa ouvir suas desculpas ao final da tarde.
Vide 11 de Setembro. O impensável aconteceu,
nos escritórios, checklist, notebooks, palms, copos da Starbucks.
Tudo agendado, ações, o mundo estarreceu!
A vida não seria mais a mesma em Manhattan,
quem imaginaria, Wall Street, se rendeu!
Pessoas nas ruas ao redor, qual lesmas, lentas, indeciso
envoltas no pânico cinzento!
Amanheceu e tudo não fez mais sentido.
O mundo de fato acabou naquela manhã para muitos.
Estranha forma, eu diria, de como se apresentam as profecias!
Sair às ruas e não achar a banca de revistas da esquina.
O tiozinho de chapéu engraçado não passou mais pela banca de frutas.
A madame com o cãozinho irritante sumiu da tela diária.
Dez anos depois ainda estamos usando o dia do mesmo jeito,
como se fosse só nosso e pudéssemos desperdiçá-lo
a nosso bel prazer, a despeito de quem e do que quer que seja.
LuizcomZ
Enviado por LuizcomZ em 12/09/2011
Alterado em 21/05/2016