Ver e Enxergar
Não sou do tamanho da minha altura e sim
do tamanho que minha vista consegue ver!
Fernando Pessoa
Quanto mais cresce menos enxergamos.
Desenvolvemos a curiosa capacidade de ignorar
Aquilo que mais cresce à nossa volta.
A distância, por exemplo!
Pior que a distância, é a estranha mania de cultivar desculpas.
Tenho me desculpado muito para o meu gosto.
Essa 'coisa' de que pequenos detalhes fazem diferença
é extremamente verdade e deveria merecer
mais atenção de minha parte.
Perdi a conta das vezes que me fiz
de desentendido passando adiante em
momentos que me pediam apenas atenção.
Fechei literalmente os olhos quando a pergunta
me era dirigida e fiz de conta que estava concentrado.
Inúmeras vezes ouvi sem querer escutar.
Imaginando, como se assim não fosse, que de fato
a 'porta' seja realmente estreita, o que fazer
das gordurinhas acumuladas ao longo desta vida?
Será preciso queimar tantas calorias para atravessá-la...
As calorias da inveja, da indiferença, da ostentação,
do orgulho, essa uma das mais pesadas e calóricas.
Relutei em vários momentos a render-me ao perdão,
castiguei seguidas vezes o precioso tempo
com o descompromisso e falta de atitude.
Usei as mais variadas desculpas para enganar-me
diante de derrotas que só aconteceram porque 'eu'
não soube vencê-las quando as travei.
Onde o pronome da primeira pessoa do singular
sempre se fez mais importante que os demais.
Nem mesmo quando a psicologia apregoa
que devemos tê-lo sob controle para que não
se torne o centro da personalidade, como de fato é,
dei-lhe corda suficiente para que se enrolasse
a ponto de ficar atado às minhas próprias mazelas.
Onde estava minha visão nos momentos
que mais precisei ver do que enxergar?
Obstruídas pelas calorias...
E pensar que bastavam duas letrinhas,
uma em cada ponta para que o meu 'eu'
ficasse mais perto de Você!
Não sou do tamanho da minha altura e sim
do tamanho que minha vista consegue ver!
Fernando Pessoa
Quanto mais cresce menos enxergamos.
Desenvolvemos a curiosa capacidade de ignorar
Aquilo que mais cresce à nossa volta.
A distância, por exemplo!
Pior que a distância, é a estranha mania de cultivar desculpas.
Tenho me desculpado muito para o meu gosto.
Essa 'coisa' de que pequenos detalhes fazem diferença
é extremamente verdade e deveria merecer
mais atenção de minha parte.
Perdi a conta das vezes que me fiz
de desentendido passando adiante em
momentos que me pediam apenas atenção.
Fechei literalmente os olhos quando a pergunta
me era dirigida e fiz de conta que estava concentrado.
Inúmeras vezes ouvi sem querer escutar.
Imaginando, como se assim não fosse, que de fato
a 'porta' seja realmente estreita, o que fazer
das gordurinhas acumuladas ao longo desta vida?
Será preciso queimar tantas calorias para atravessá-la...
As calorias da inveja, da indiferença, da ostentação,
do orgulho, essa uma das mais pesadas e calóricas.
Relutei em vários momentos a render-me ao perdão,
castiguei seguidas vezes o precioso tempo
com o descompromisso e falta de atitude.
Usei as mais variadas desculpas para enganar-me
diante de derrotas que só aconteceram porque 'eu'
não soube vencê-las quando as travei.
Onde o pronome da primeira pessoa do singular
sempre se fez mais importante que os demais.
Nem mesmo quando a psicologia apregoa
que devemos tê-lo sob controle para que não
se torne o centro da personalidade, como de fato é,
dei-lhe corda suficiente para que se enrolasse
a ponto de ficar atado às minhas próprias mazelas.
Onde estava minha visão nos momentos
que mais precisei ver do que enxergar?
Obstruídas pelas calorias...
E pensar que bastavam duas letrinhas,
uma em cada ponta para que o meu 'eu'
ficasse mais perto de Você!
LuizcomZ
Enviado por LuizcomZ em 23/12/2011
Alterado em 23/12/2011
Alterado em 23/12/2011
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