Luz, Paz e Amor.
Entre o nascer e o morrer, existe um tempo.
Esse tempo é determinado pelo período em que o espírito permanece em seu objetivo. Já havia falado sobre esta última afirmação em texto recente. O fato é que nascemos com um único propósito, nos salvar. É compromisso individual e intransferível. A missão de todo espírito ao reencarnar é a de buscar através da reforma íntima a sua evolução. Para isso dispomos de um tempo. Jesus nos deu a maior prova dessa constatação ao resignar-se momentos antes de deixar a carne em sua cruz e subir em direção Dele próprio, visto ser Ele naquele instante a se nos mostrar, o Verbo Encarnado, o próprio Deus! Imaginar que não era o momento ou que era jovem demais para deixar-nos, isso é humano. Queremos a perpetuação. O quanto mais longe melhor, o quanto mais belo, mais sábio, mais poderoso, mais e mais, sempre o mais. É tanto que esquecemos que o menos é mais. Menos atribulações, desequilíbrios, menos desigualdades sociais, fome e ranger de dentes, menos leitos hospitalares, menos cárceres e menos endividamento espiritual. Há anos sabemos disso e não damos um único passo para a transformação dessa injusta realidade. Então, quando a perda nos visita, ficamos sem entender algumas coisas e dentre elas a mais verdadeira de todas. Somos mortais e falíveis, ao nascer, estamos na verdade caminhando lentamente para cumprir esse tempo e realizar o máximo do objetivo compromissado com o Pai celestial. Isso é Divino. De onde vem essa troca insensata de valores? Porque sempre fomos estimulados a crescer, aprender e vencer. Sobreviver a qualquer custo, mas a vida é um empréstimo e o corpo um instrumento. É sabido que somos um espírito eterno num corpo de carne e não o contrário. Não pensemos que o Oreste deixou-nos, ou que morreu simplesmente, apenas está em outro lugar. Sua alegria, seu sorriso cativante ainda que anasalado, e que muito me lembra o personagem da ficção infantil, o adorável Mutley da Corrida Maluca, esse Oreste jamais será por nós esquecido. Está ali, bem mais perto do que imaginamos, porém e certamente, angariou bônus suficiente para dar início imediato ao trabalho de reestruturação espiritual e poder auxiliar-se em sua nova fase. Deixa certamente a todos que lhes fora companheiros de jornada neste destacamento, um sentimento de dever cumprido, honestidade, honradez, amizade e de irmão comprometido, filho abnegado e pai extremamente amoroso. Soube como poucos colocar seu objetivo neste plano desde jovem em prática. Sabia o que queria para si e os seus. Mesmo quando ausente, sempre buscou encurtar toda e qualquer distância, apenas para manter próximo de si suas filhas, neto, irmãos e pais. Então, por que deveríamos nos preocupar com sua ausência física? Aos que acreditam nesta doutrina maravilhosa, legado kardequiano, que sua presença pode e deve ser inclusive sentida por aqueles que têm o dom da sensibilidade auditiva, visual ou de passividade, acalmai vossos corações. Acreditem nos ensinamentos do Mestre, "é preciso morrer para nascer de novo". Muito bem divulgada pelo maior de seus discípulos de amor e humildade, Francisco de Assis. Esperemos pois, a colheita é certa. E o Provedor desse imenso jardim nunca deixou para trás nenhuma de suas sementes.
Que sua LUZ brilhe ainda mais, sua PAZ asserene todos os corações que lhe estimaram e seu AMOR conforte a todos que compartilharam de seus dias neste plano.
Eu te desejo Luz, Paz e Amor meu irmão, Oreste Campos Júnior!