O Pensamento divide, o Sentimento une.
Se toda promessa se tornará falsa (J. P. Sartre), é preciso
entender que o que eu prometo não está em minhas mãos,
não pertence totalmente a mim, não é algo que eu possa
controlar. Assim é que todo político o faz apenas para a
satisfação de uma necessidade alheia, que ele mesmo não
precisa. Exemplo: asfalto no bairro mais distante do centro.
O político não precisa disso. Mas, sabe que se não houver
essa ‘promessa’, dificilmente ele angariará votos naquele
bairro. No altar, a promessa é: “- Juro amar-te e respeitar-te
até os dias finais de nossas vidas.” Por acaso, eu sei alguma
coisa do dia de amanhã? É como prometer algo no escuro.
É o princípio da brincadeira do Programa Silvio Santos, trocar
o certo pelo duvidoso. “Você quer trocar uma máquina
fotográfica Nikon Profissional por este lindo pirulito?
Sim ou Não?” e o participante com os olhos vendados tem
menos de 15 segundos para dar a resposta.
Só que, o participante não houve a frase toda, somente
o Sim ou Não. No caso da promessa do altar, se fosse
‘de nossa união’ ao invés de ‘nossas vidas’, seria mais
lógico, embora não totalmente correto.
A união vai depender do dia a dia. Tenho um amigo
veterinário que disse certa ocasião num churrasco em sua
casa, que todos que ainda não tinham visto a foto de
casamento deles num pôster no hall de entrada, chegavam
e comentavam: “- Nossa, que foto linda essa da sua esposa
lá na sala!”. Ele respondia: “- Foi com aquela lá que me casei.”
Embora ainda casados, alguma coisa mudou nesses anos
todos. Em muitos ou na maioria dos casos, pode ser o
principio do fim. E a recíproca é verdadeira.
Onde se deduz que o Pensar é diferente do Sentir.
Sentimento une, pensamento divide.
Quando o Sentimento do amor acaba, começo a
Pensar, e o pensamento vagueia, propõe obstáculos.
Osho trouxe isso com maestria cirúrgica.
A propósito, aquele meu amigo veterinário, separou-se da
esposa menos de dois anos depois de eu ouvir essa frase.
LuizcomZ
Enviado por LuizcomZ em 04/01/2014
Alterado em 12/09/2020