Textos


FORA DA CASINHA


Alguns usam esse termo para designar
pessoas que, segundo julgamento
popular, são abiloladas, doidas,
estranhas ou qualquer outra coisa que
fuja do normal. Entendendo-se por
normal aquilo que mantém regularidade,
obediência e certos outros preceitos e
tabus.
Penso que é preciso por vezes ‘sair da
casinha’. Como entender o que há por
trás do muro que me separa do vizinho
sem sair de casa? É preciso andar
descalço para saber que a sola do pé é
fina e pisar numa pedra por menor que
seja vai me causar desconforto.
Quando me fixo num único ponto de
vista, numa única filosofia e dou as
costas ao que me cerca, estou por
demais dentro da casinha.
É hora de sair. Sentir o vento das
novidades ou ainda melhor, das
adversidades. Discursar para o mesmo
público ou quando o público é confrade
de minhas opiniões é muito fácil.
Fazê-lo aos contrários é onde a pele do
meu pé sentira a pedra no caminho.
Tenho apenas 86.400 segundos por dia
para gastar com meu tempo aqui neste
plano, porque então utilizá-lo de forma
centrada e desatualizada? Neste caso, o
contrario é verdadeiro, devo, portanto,
ampliá-lo e atualizá-lo.
Lembrando sempre do Apóstolo dos
Gentios:
“Tudo me é lícito, mas não devo”

(1Co 6-12).
LuizcomZ
Enviado por LuizcomZ em 28/10/2014
Alterado em 29/10/2014


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