Será?
Por volta das 13:33 chegou o taxi que solicitei junto à central
de atendimento. O motorista ao chegar em frente ao
condomínio, do lado oposto da rua, fez sinal com a mão para
que eu atravessasse em sua direção. Estava chovendo, uma
garoa na verdade, fina, intermitente, porém, o suficiente para
molhar. Fiz sinal para que ele entrasse de bico no espaço
reservado para a saída dos condôminos, o que fez sem relutar.
Dei o endereço e disse que gostaria de chegar em tempo, sem
atraso e que o trajeto ele escolheria, tanto que fosse o mais
curto possível. Em dado momento indaguei pelo seu nome,
"- Manoel! O que caiu do céu". Respondeu de pronto e com
elevado tom de voz, um tanto eufórico. Para manter o clima de
entusiasmo, devolvi, "- Bom, todos dizem que vieram do céu,
se irão voltar é outra história".
Pronto, foi o start para um desabafo filosófico a respeito dos
mistérios de Deus. Alegou que é de formação católica e que
assim foi informado que Deus existe.
"- Se o céu é assim tão bom", continua Manuel, "- Porque
ninguém vem do céu para dizer se é verdade ou não; ou então
não tem nada depois que morre".
Segundo ele, as pessoas dizem isso para não sentirem-se
diferentes, ou pior, taxadas de ateus e dissonantes da grande
maioria, mas, insiste, se Deus existe, " - Certeza, ninguém
tem!". Após entrar em várias ruas tentando fugir ao
engarrafamento, na boa vontade em me atender pela pressa
que me identifiquei na saída, percebi que ele estava um tanto
fora da rota, até retorno no meio da quadra ele fez, sem perder a pose, é bom que se diga.
Neste momento, fiquei em silêncio e me coloquei a pensar.
Imaginei que qualquer coisa que dissesse poderia soar como
provocação. Mas, bem que me passou pela cabeça indagar
com seriedade, se Manoel havia mesmo caído do céu.
Será?
Por volta das 13:33 chegou o taxi que solicitei junto à central
de atendimento. O motorista ao chegar em frente ao
condomínio, do lado oposto da rua, fez sinal com a mão para
que eu atravessasse em sua direção. Estava chovendo, uma
garoa na verdade, fina, intermitente, porém, o suficiente para
molhar. Fiz sinal para que ele entrasse de bico no espaço
reservado para a saída dos condôminos, o que fez sem relutar.
Dei o endereço e disse que gostaria de chegar em tempo, sem
atraso e que o trajeto ele escolheria, tanto que fosse o mais
curto possível. Em dado momento indaguei pelo seu nome,
"- Manoel! O que caiu do céu". Respondeu de pronto e com
elevado tom de voz, um tanto eufórico. Para manter o clima de
entusiasmo, devolvi, "- Bom, todos dizem que vieram do céu,
se irão voltar é outra história".
Pronto, foi o start para um desabafo filosófico a respeito dos
mistérios de Deus. Alegou que é de formação católica e que
assim foi informado que Deus existe.
"- Se o céu é assim tão bom", continua Manuel, "- Porque
ninguém vem do céu para dizer se é verdade ou não; ou então
não tem nada depois que morre".
Segundo ele, as pessoas dizem isso para não sentirem-se
diferentes, ou pior, taxadas de ateus e dissonantes da grande
maioria, mas, insiste, se Deus existe, " - Certeza, ninguém
tem!". Após entrar em várias ruas tentando fugir ao
engarrafamento, na boa vontade em me atender pela pressa
que me identifiquei na saída, percebi que ele estava um tanto
fora da rota, até retorno no meio da quadra ele fez, sem perder a pose, é bom que se diga.
Neste momento, fiquei em silêncio e me coloquei a pensar.
Imaginei que qualquer coisa que dissesse poderia soar como
provocação. Mas, bem que me passou pela cabeça indagar
com seriedade, se Manoel havia mesmo caído do céu.
Será?
LuizcomZ
Enviado por LuizcomZ em 15/08/2016
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