Existem dois tipos de pessoas:
Boas e Más.
Meu modesto blog apresenta em sua capa, a frase
acima e com destaque. Alguns leitores comentam
a respeito dela. Opiniões são bem vindas, sempre.
No entanto, percebo que, embora sejam críticas
inteligentes, não avizinham ao que de fato quero
transmitir. Antes é preciso dizer que essa frase não é
minha, pertence ao roteiro do filme My Name Is Khan.
Pelo menos para mim, foi ali que ouvi pela primeira
vez essa distinção. O que percebi claramente em minha
examinação desse axioma¹, é que ambos habitam o
mesmo universo, coexistem num mesmo corpo, estão
dentro de mim. Sou as duas faces dessa moeda.
Qual o momento que sou bom e deixo de ser? Isso
depende do impulso, da força exterior que vem me
assolar. Há pessoas que sofrem todo tipo de injúria,
vilipêndios, desconsiderações, escárnios e injustiças,
no entanto, mantém a calma, a respiração, a conduta.
Simplesmente porque se nada daquilo de que está sendo
insultado lhe diz respeito, vira às costas e sai.
Silencioso e discreto. Não lhes causam nenhuma reação.
São os que transcendem ao homem normal, comum.
Outros há, que por míseras críticas partem para
consequências impensadas. Essas duas 'pessoas'
estão em nós, sempre estiveram. Qual delas se
manifesta nos momentos em que somos postos à
provas de extremo estresse, só depende de cada um
de nós. Sou responsável pela resposta que dou.
Pela ação que tomo. No que, isso me leva a concluir, de
minha parte, sou ainda uma pessoa má, embora esteja
no caminho do bem. Pois que, aos olhos do Todo, do Uno,
não tem meio bom. Ou é, ou que esteja buscando,
mas ainda não é. Não há uma terceira opção,
o entremeio desse dualismo não existe.
Sois por inteiro ou não é, sequer, meio.
¹ [O princípio aristotélico da contradição ("nada pode ser e não ser
simultaneamente") foi considerado desde a Antiguidade um axioma
fundamental da filosofia].