Porque o KYOZKY é do jeito que é... era!
Primeiro porque nunca convidei ou chamei alguém diretamente para ir lá. O muito que faço é enviar vídeos com músicas e imagens dizendo que o KYOZKY está aberto, ou que não abriu. Mais que isso, nada. Então, porque as pessoas vão ao KYOZKY? De onde elas encontram a “tal energia boa” que tem no local? Antes preciso dizer como e porque aceitei abrir o Open Pub, sim, é um pub, só que aberto, e KYOZKY é a representação ortográfica do local, o apelido. Já disse muitas vezes e para muitos que me perguntam, abri para tomar meu café, meu chá, ouvir blues e ver o mar. Aconteceu de as pessoas aparecerem, uma a uma, e naturalmente de boca a boca, ao pé do ouvido, se espalhou a notícia de que havia ali um lugar legal, diferente. Acontece que lá, as pessoas que chegam foram ou são indicadas por alguém que disse que o lugar é legal, tem cerveja barata, sim, pode não parecer, mas os senhores e senhoras que lá frequentam sabe que o preço é apenas justo. Barato ou caro é uma questão de conveniência. O local não é temático, como alguns pensam, pelo contrário, é simples, de madeiras rústicas, e a depender do Tarso, já deveriam ter sido besuntadas em osmocolor, mas, tenho minhas convicções, e claro, posso mudar de ideia um dia. No entanto, a questão que mais ouço é sobre a energia do local. Isso não é algo pensado, absolutamente. Se fosse, não teria acontecido esta egregora. Tem mais a ver com a maneira e o propósito para que o local fosse criado, aberto, oferecido às pessoas que por lá passam. Não temos a pretensão de ser os únicos, os melhores, apenas o compromisso de servir. Viemos a este planeta para servir. Somos devedores contumazes. Enquanto houver alguém abaixo de mim na cadeia evolutiva, eu sou um devedor. Meu dever é proporcionar que esse companheiro de jornada chegue até o meu nível de entendimento, o que não significa dizer que eu seja melhor, apenas que espero que o outro tenha as mesmas oportunidades de visão e entendimento, isso nem sempre é compreendido, que dirá conseguido. No entanto, é assim que me norteio. Não abri o local para ganhar dinheiro simplesmente, ficar rico, isso então, nunca. Abri para servir, e, como disse, para curtir meus interesses pessoais já mencionados acima. Mas porque gostam e voltam tanto? Pelo prazer de sentirem-se bem, de haver um lugar em que se possa olhar ao lado e ver pessoas que são amigas, conhecidas, iguais, que não estão lá para se amostrarem, estão lá para a diversão, a luz que emana de cada um acaba por fundir-se com a luz própria do ambiente, uma luz verdadeira, que não tem a intenção de manipular, ganhar por ganhar, ser competitiva. Tanto que, não me canso de dar oportunidades e mostrar o caminho, dividir minhas experiências, e principalmente, passar a lista de meus contatos, fornecedores, clientes, e o que mais seja possível para que outros locais sejam abertos e que tenham a mesma preocupação em apenas, servir. Evidentemente que o objetivo é ter lucro, porém, isso é consequência. Quem busca o lucro pelo lucro jamais o terá, busque-o pelo prazer de servir, esqueça de que você está lá para gastar seu dinheiro, você vai lá para ser servido e se divertir. A obrigação do dinheiro, segundo a Irmã Dulce, hoje Santa Dulce, é aparecer. A minha obrigação é estar lá. É a mesma que a sua em relação ao seu patrão, mesmo sendo você um profissional liberal e que seja seu próprio patrão, não se engane, todos temos um patrão. Fazemos o que fazemos para atender alguém ou alguma instituição. Recebemos pelo que oferecemos. Quanto a energia, bom, essa vem de berço. Você a recebe em casa, dos pais, tios, avós, dos professores, pelo menos dos antigos, hoje já não sei como é uma sala de aula, certamente não é a mesma que frequentei há 57 anos atrás. E não há nenhum demérito no que acabo de afirmar sobre as novas práticas da educação no Brasil, apenas que são outros tempos, outras maneiras, outros mestres e sobretudo outros alunos. Mas para se ter uma energia bem legal, passa por isso tudo que disse, pelas pessoas que me cercaram desde os primeiros passos. Se recebi carinho, amor, atenção, boa educação, presença, constância nos ensinamentos e a respeitar os limites, então, é isso que posso oferecer. E pela graça do Poder Criativo, o Deus de todos, pude oferecer aos meus filhos o bem mais valioso que recebi. Amor. O KYOZKY é apenas uma extensão dessa dádiva e dessa energia que emana em meu íntimo. Pode não parecer, mas me importo com todos que chegam, mesmo os que vão pela primeira vez porque erraram a rua, ou entraram por acaso, só para ver o mar. Mantenho o hábito da prece inicial e final, sempre pedindo a presença do Divino Mestre durante o atendimento e que os acompanhem às suas casas após a saída. E tudo isso, acompanhado pelo método, EU VI. Vocês não precisam ver, basta que eu veja. É assim que o KYOZKY é. Um lugar de luz e de boas energias.
Em tempo: A música é só mais um blues, com Hugh Laurie, conhecido como, Dr House.