Ontem, 18/11/21, por volta das 17:45, aconteceu um dos muitos acidentes de transito que todos os dias estampam os noticiários pelo Brasil a fora, para ficar apenas em nosso quintal, jornais, noticiários de todo tipo e formato trazem o que de mais chama atenção aos olhos atentos ao roto e medonho, o mau alheio.
E justamente por meio do que mais rápido se apresenta, o WhatsApp, nos chega uma dura e triste imagem feita pelo próprio motorista do caminhão, um dos veículos envolvidos, sim, o motorista onde o carro dos moradores de Itapoá, que se dirigiam para Guaratuba, ele próprio fez a foto que aparece em todas as mídias da região, foto de profissional, diria.
Ainda filmou a região e os veículos para mostrar que ele não teve como evitar, uma vez que pela posição na imagem, até tentou tirar o caminhão da estrada para evitar o choque, mas a Ecosport foi de encontro mesmo na lateral contrária.
Seria um furo de reportagem não fosse o fato dele próprio ser um dos envolvidos.
Até onde se sabe, o motorista do caminhão não teve culpa e nem como evitar. Sua atitude deve-se ao modo automático que na maioria das pessoas ocorre quando se tem à mão um celular e se depara com algo inusitado, mesmo que corriqueiro.
Não há como julgar, imputar qualquer comentário outro que não a mecanicidade do ato.
Um ou outro deixaria para um terceiro que eventualmente pararia e faria a gravação, mas pela voz e maneira como se manifestou, a ficha sequer existia, que dirá, caída.
Quanto às vítimas, bem conhecidas nos nichos que frequentavam, e, como todos nós outros, tinham familiares, amigos, amores, enfim, estes inconformados por receber em suas telas de aparelhos celulares, não a última animação do Tik Tok, ou o même do dia, as travessuras dos pets, mas a confirmação inequívoca de que não verão mais esses que se foram, que eram, amigos, filhos, pais, mães, filha, seja lá o que cada um representou ao longo de suas vidas para quem ficou. O que de fato e de peso fica, é a saudade, a lembrança da última conversa, do último gole, da última festa, do último encontro, da última música, da última dança.
Essas imagens são impossíveis de esquecer.
O som das risadas, a maneira como andavam, como sentavam, o jeito que seguravam o copo, o cigarro, por fim, os lugares onde não mais serão vistos.
Esta é a parte que mais demora a cair a ficha.
Em memoria de: Betão, Jacir, Fernando e Solange.
Foto capturada no Facebook