...Que para essa geração não vale nada,(...)
Ouvindo aqui a playlist da Motown, os clássicos de 1970, All Green, Marvin Gaye, Aretha Franklin, Steve Wonder, The Temptations, Billy Paul...
Percebo que precisamos fazer uma profunda reflexão e buscar onde foi que eu comecei a ver a mudança e permiti que se instalasse.
A partir daí começamos a deixar passar, achar que não tinha importância, que era "normal", que, "tudo bem". E assim os anos se passaram e nossa maneira de viver ficou envolta nessa densa fumaça desarmônica em que nos encontramos. E aí vieram nossos filhos, agora chegaram os netos, e me pergunto, como permiti de forma compassiva e até conivente o que vejo hoje? Alguém já disse que, o mal prospera por que os bons são bonzinhos demais. Mas será que a bondade exagerada cria monstros tão disformes, sem nossa identidade, e, onde fica o DNA?
Penso e repenso, vejo meus filhos e sei que eles são o que são porque foram criados por um mãe amável, carinhosa, porém, rígida. Quanto a mim, era mais a parte soft, ficava sempre com a parte boa, levar para passear..., mas sempre acatando a decisão da mãe. Hoje são homens de bem. Educados, gentis, honestos e justos, e bonitos (essa parte é importante, puxaram o pai, que a mãe não nos ouça). Vejo isso neles e sou lembrado por amigos e colegas que não sou eu apenas que vejo tais qualidades. Mas será que isso foi o bastante? Por certo, apenas obrigação. Porém, digo que faltou interação. Não com eles, mas com os outros pais. Tinha que haver consciência e responsabilidade em interagir sobre o que via de errado com os filhos deles e vice-versa, o mesmo vale para mim em relação aos meus. Não me recordo de alguma vez algum amigo chegar e me dizer o que e como meus filhos eram longe de meus olhos. E de minha parte, sempre não querendo ser invasivo, me calei para as mesmas coisas. Penso que, erramos todos em não compartilhar tais singularidades. Fomos omissos achando que criando bem nossos filhos, não tínhamos uma responsabilidade maior, que viria, de fato, a se amontoar em nossas portas num futuro próximo. E este é o futuro de tudo que empurramos para baixo do tapete. Para concluir, o versículo rm 1:14, me vem bem a propósito, "Sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. Pois é meu dever pregar a todos, tanto aos civilizados como aos não-civilizados, tanto aos instruídos como aos sem instrução".
Boa sorte a todos!