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Uma das poucas vezes que me vi em desdobramento, não tive a noção do que se tratava.

No entanto, me ocorreu algumas vezes, porém sem entender, achando que era apenas mais uma das sensações estranhas que se percebe a noite durante o sono e que pensamos estar pregados à cama sem mexer um único músculo, nem mesmo os olhos consegue-se abrir, ao que a ciência moderna chama de paralisia do sono, e também conhecida como catalepsia astral, donde, catalepsia é o mesmo que paralisia, é então que a calma deveria ser convocada para se apreender a novas experiências.

Fato é que, nem ao menos se percebe que possa ser algo a experienciar e ao menos que seja bom, e mais, que somos escolhidos ao acaso, o que não demanda estudo, embora este seja de bom grado e necessário. Num momento como esse é preciso estar atento e se colocar à disposição do inusitado, a sensação, como disse, é estranha e propicia ao medo muito mais que a aventura.

Uma vez vencido o receio, a primeira impressão que temos é o de inflar-se, de sair da pele pela própria pele, estranho, mas é assim mesmo.

Sente-se que cada poro está dilatando-se e se abrindo, aos poucos se tem a certeza de que é de fato uma fuga do corpo.

À medida que se escapa em direção ao teto do aposento, nossa visão toma conta do ambiente e não há a necessidade de virar-se, vemos logo o corpo deitado na cama e nossa mente comanda tudo a partir dali. A leveza é impressionante, os passos são mais rápidos, embora não o sentimos como quando estamos a andar normalmente, é nesse momento que se percebe a flutuar cada vez que dirigimos a mente na direção que se quer chegar, e mais impressionante ainda, as maçanetas das portas já não fazem mais sentido, atravessamo-las, como se ali não houvesse qualquer obstáculo a nos impedir.

Após o susto e caminhando firmemente, o deslocamento é célere e ao pensar em determinada coisa, lugar, situação, de imediato se nos apresenta a imagem gerida no cérebro, e aqui cabe uma explicação.

O cérebro está no corpo físico, deitado na cama, então o que chamamos de cérebro nesse momento é o consciente essencial, a essência do ser, o eu Sou.

Fica assim provado que ainda que tenhamos saído do corpo, a essência divina se mantém operante, viva.

Dito desta forma, fica claro para mim, que com a separação do corpo, o espírito vive. Logo, me levo a crer, que de fato há vida após a morte.

Tal experiência é possível a todos, indistintamente, o que acontece é que a uns é sedado de tal forma o descanso noturno, que sequer passa dos primeiros degraus do que se chama sono, nem perto do sono profundo.

A outros, no entanto, há como quê um despertar, um chamamento ao desconhecido e que no momento que se dá o direito do desdobrar, ou da viagem astral, como queira alguns, somos impulsionados a um novo patamar em nossa consciência Crística.

É o chamado do Eu interior, do Eu Sou que habita em cada um de nós.

Não se deixe levar pelo medo, ao contrário, permita-se essa vigem, seja o explorador da vontade do astral, isto vem mostrar o quanto somos capazes, e, via de regra, que podemos mais do que nossa capacidade de compreensão se nos apresenta.

Continua...

 

 

Imagem Instituto Medicina do Além     

LuizcomZ
Enviado por LuizcomZ em 09/05/2022
Alterado em 09/05/2022


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