19 de Setembro...
Era quase primavera, já que nos conhecemos em 23 de Setembro de 1978, 19 era o dia certo e ajustado para tudo ser da maneira como foi.
Neste dia, em 1980, Rose e eu nos casamos. A igreja de São Francisco, no ao final da Rua 13 de Maio, no bairro de mesmo nome em Campo Grande-MS. Eram perto de 150 convidados, embora enorme, a igreja estava com todo o ambiente acolhida pelos presentes. Saímos direto para a casa dos pais da Rose, no Cabreúva, lá um número menor se compunha. Nesse dia começava nossa jornada juntos. Tivemos três filhos, meninos, belos e saudáveis. Ficou entendido por nós sem a necessidade de combinação, a Rose cuidaria da educação como um todo, a mim caberia auxiliar e concordar. E foi a coisa certa, eu mesmo era mais para passear, brincar e informar. Essa combinação deu certo, afinal, os três em hipótese alguma deram trabalho quando de visitas nas casas dos amigos e parentes. Cresceram igualmente belos e educados. E hoje quero trazer minha consideração, respeito e admiração pela dedicação da Rose, só procurou estudar e trabalhar quando eles já estavam bem crescidos e independentes para atividades básicas de higiene, alimentação e tarefas rotineiras do dia-a-dia. Não se encontrava nada fora do lugar ou desarrumado em casa quando recebíamos visitas, mesmo as de surpresa. Tínhamos um dia da semana que era só nosso, às quartas feiras saíamos para namorar. Um cinema, teatro, passeio pelo shopping, um jantar e, claro, o motel era obrigatório. Penso que nossa união deu certo porque não abrimos mão desses e outros detalhes ao longo da convivência. Ouvir música, pegar umas fitas na locadora, sempre bons filmes para se ver a dois. Rose tinha uma deficiência numa das vistas, era neurológico, então ela assistia os filmes com a cabeça na horizontal, deitada no meu peito ou no abdômen. Mas, tinha que coçar a cabeça dela, fazer cafuné, isso quando ela não pedia para fazer trancinhas no cabelos, que eram longos, até a cintura quando a conheci e depois cortou até pouco abaixo dos ombros. Hoje intera 42 de casado com um espírito bem evoluído para o seu tempo, voltou quando era a hora, nem mais nem menos.
