Diga-me com quem andas...
Embora a frase que dá título a esta crônica seja um adágio popular, é similar em muito ao Salmo 1:1 (*)
Amigos nós não escolhemos, não saímos à cata, muito menos compramos, amigos nascem ao sabor das confluências de ideais, de compatibilidades, respeito mútuo, no entanto, a partir desse momento começamos a ser cobrados por nossas atitudes, coerência, bom senso e caráter.
A questão é, não conhecemos de fato quem são nossos “amigos”, não sabemos o que eles têm de mais espúrio e constrangedor que não nos revelam.
Claro, isso é uma via de mão dupla, o mesmo ocorre de nós para com eles.
Acontece que em dado momento, começam a surgir alguns questionamentos, algumas incongruências, pequenos deslizes que chamam atenção pela obviedade, aquilo que em sua essência não condiz com o consenso geral, pelo menos na sociedade como a entendemos.
Dou um exemplo para melhor dizer o que pretendo conjecturar.
Você se vê próximo de uma pessoa que ao observar a atitude de dois outros conhecidos, percebe que, no dia das crianças, que também é o dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, o conhecido B vai ao Santuário agradecer e homenagear aquela que é a geradora do feriado, enquanto o conhecido C sobe ao morro para cumprimentar uma das facções do tráfego e reconhecidamente criminosa.
Então, você fica a pensar, será que tenho escolhido bem meus amigos? Será que estou andando bem acompanhado?
Bem, isto é apenas uma reflexão, um modo de ver as coisas.
* Salmo 1:1
Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores,
nem se assenta na roda dos escarnecedores.