Por Onde Andas, Alma Obreira?
Resta-me o alento da lembrança dos lugares por
Onde antes contigo caminhava, hoje, no entanto,
Somente lembranças de sua companhia.
Espero vê-la novamente,
Mesmo que o tempo se
Arraste indefinido e longo, tardando o
Raiar de um novo amanhecer mais brilhante,
Inda que perdure, o tempo é
Como remédio que
Acalma e consola.
Minhas noites são mais longas, bem o sei,
Peço às estrelas e a lua se retirem o quanto antes,
Ouço do silêncio, se acalma,
Saudade é dádiva
Divina para refrigério d’alma.
Estanco no peito a vontade de
Chorar, me recolho esperando o
Alento dos beijos que tanto
Me fizeram feliz, levando-me para
Perto do céu, ouvindo de teus lábios
Odes de amor e hino de
Salutar encanto e mansuetude.