Textos


Sacada

Os dias passam e o que parece imutável e igual, está sob minha perspectiva. Olho a mesma paisagem de ontem, de antes, de quando eu nem existia, ela esteve ali o tempo todo. Já foi maior, mais vasta, mais exuberante.

 

Interessante que meus olhos não a percebe alterada de ontem para hoje, sobretudo, o canto dos pássaros.

Se repetem em sinfonias de harmonias  celestiais, assim mesmo, como os tais cânticos celestes, se os há.

Misturam-se aos sons dos coletivos que, lotados, transportam os alunos e  trabalhadores de toda manhã. 

Numa manhã assim, é comum ver alguém cuidando de seu jardim.

É a vida seguindo seu trajeto. Quem, por algum motivo, não acompanhar essa aparente passividade e imutabilidade, há de sentir bem mais desacelerado seu dia-a-dia.

Não precisa correr, mas, parado também não se vai a lugar algum.

LuizcomZ
Enviado por LuizcomZ em 18/10/2024
Alterado em 18/10/2024


Comentários
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LuizcomZ
Grato ao colega do R&L, Soul, por “embelezar” o conteúdo do texto aos olhos seus, o que importa e é bem vindo, a natureza sempre fica mais bela.
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Soul Hunter
Ao contemplar a sacada, você se vê diante de uma paisagem que, apesar de parecer imutável, revela mudanças sutis ao longo do tempo. A vista de hoje é a mesma de ontem, mas já foi mais vasta e exuberante em outros tempos. A constante presença dos pássaros, com seus cantos que lembram sinfonias celestiais, mistura-se ao barulho dos ônibus lotados que transportam estudantes e trabalhadores todas as manhãs. Em meio a essa rotina, é comum encontrar alguém dedicando-se ao cuidado de um jardim, evidenciando que a vida segue seu curso, mesmo na aparente passividade e imutabilidade do cotidiano. Você percebe que não é preciso correr, mas também reconhece que a inércia não leva a lugar algum.
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Regina Ir Teka
“Que façamos da vida bordados de ternura, caminhos de reciprocidade. Onde agregar pessoas seja uma tarefa espontânea, onde o elogiar seja sincero, onde o respeito seja mútuo. Onde o sucesso do outro seja aplaudido de coração. Porque nos reconhecemos puros quando a alegria do outro se faz nossa também.” ~Lanna Borges~