Sandras*

Bom dia…

Se por um momento 

Abrir-se o véu que

Nos separa de ver a

Dualidade da vida,

Riríamos de nossas 

Atitudes durante o dia.

Afinal, nossas verdades estão firmadas em nossa estreita visão do que se apresenta aos nossos olhos.

Àquilo que conseguimos enxergar de certo e errado, de bom e mau, de feliz e infeliz, de alegre e triste, de falso e verdadeiro, de limpo e sujo, e assim vamos formando opiniões diversas.

O que está por trás do que vemos, ou, quem está de fato por trás do que vemos?

E aqui, me dirijo àqueles que tem um entendimento de que os ensinos do Cristo, sim, aos cristãos de todas as vertentes que seguem os ensinos de Jesus, ou que nos dissemos seguidores de seus exemplos.

Quem é o nosso o inimigo, o chefe chato e arrogante, o vizinho desajustado e encrenqueiro, o filho problemático, o companheiro ou companheira difícil de entender, quem são esses?

Essa é apenas uma fração do lado oculto a que estamos inseridos. Dentro desse contexto, a vida não é só o que presenciamos, vai além do que está à nossa volta.

Lembram-se da figura do número 6 visto por duas pessoas em lados opostos?

Ambas estão certas cada um do seu ponto de vista, mas o objeto julgado ainda é o mesmo.

E se por um acontecimento fora de nossa realidade, das nossas expectativas, alguém pudesse nos mostrar quem fomos, quem somos e quem são os que dividem essa vida conosco, como seriam nossos julgamentos após essa revelação?

Para simplificar esse raciocínio, imaginemos aquele velho e antigo ensinamento que aprendemos com nossos antepassados, de que Jesus se esconde por trás das mais variadas formas para nos colocar à prova.

Daquele andarilho esfarrapado e sujo que vem ao nosso encontro a pedir um pouco de comida, água ou agasalho, e em alguns momentos de nossas vidas viramos as costas, atravessamos a rua, mudamos de calçada.

É nesse ponto que desejo me sentir tocado. Eu entendi de fato o significado da palavra amém?

Ao final das orações, e, da oração que Ele me ensinou no sermão da montanha, o Pai Nosso, dizemos amém.

Ou seja, estamos dizendo que entendemos o significado do que pedimos na oração, de que estamos de acordo com o que nos propusemos.

E qual minha atitude durante o dia, durante a vida? Sou de fato seguidor desse Cristo?

Quando disse que daríamos risadas, me referi ao adágio popular, "melhor rir, para não dizer, chorar.”

Bom, isto é apenas um pequeno ensaio do que quiz dizer a respeito da dualidade da vida, ou, do lado escuro, do lado invisível, do lado que as coisas não têm filtro, não são escondidas, mascaradas, disfarçadas.

Do lado verdadeiro da vida cristã.

* nesta manhã, ao abrir o whatsapp, a primeira mensagem que surgiu foi da Sandra, uma boa amiga lá de Itapoá, uma trabalhadora fiel e dedicada da panificadora Maykon, ela enviou um boa noite às 00:15, ou seja, apareceu como sendo a primeira mensagem desta quinta-feira. Resolvi fazer um acróstico, como de costume, e, logo me veio à mente, porque não dar um sentido ao que escrevi no acróstico, explicar o sentido da tal dualidade a que me referi, e, ato contínuo, enviar às Sandras que tenho em meus contatos, porque não?

Assim nasceu esta crônica, assim nascem as crônicas do LuizcomZ.

A foto do texto? Bom, esse é o avô babão com os netos, Isaac e Gael.