Low Batery
O dia começou como terminou a madrugada, arriado. Nada deu jeito. Uma carniça de preguiça. É a tal fadiga adrenal. Só tendo para entender. Nem a cabeça a gente consegue sustentar. Se não encostar, caia para um dos lados, frente, trás, esquerdo ou direito. Não adianta segurar, fica pior e com defeito. À noite, uma injeção de testosterona bioidêntica. Só fará efeito 24 horas após, pelo menos comigo é assim. Hoje estou melhor, e não posso abrir mão da academia. Suplementos só funcionam se houver exercícios físicos. Então, o jeito é arrumar as traias e rumar para a bendita. Vontade? Nenhuma. Quando chegar lá, aparece.
ANA BELINAT
Anoiteceu e você viajou, só isso.
Nossa amizade continua a mesma;
Irmãs que a vida escolheu e unio,
Nada pode nos separar.
Hoje, fico triste só por um segundo,
Amanhã, comeremos tamarindo no jardim celestial.
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Sua amiga irmã.
Rose Mary Campos de Campos
Quando oiei a terra ardendu, num era quar fugueira di são joão,
era parte de rondonha se agastandu pelo chão.
As queimadas quando vista lá de cima, à noite, no avião
chegando à Porto Velho é de partir o coração.
Tem jeito mesmo não, os políticos de plantão se locupletam de montão.
É a tal ganância que os levam de antão, venha a nós a eles não.
Nós, são eles, eles, somos nós.
A beleza de se ver é a imensidão verde sobresaindo na escuridão;
o arvoredo espalhado e somente cortado pelo Madeira, Jamari e o Negão.
Há uma compensação, o mesmo que dá, pede de volta, né não?
Pois então, vão se ver lá adiante com o Criador, que é o mesmo do sertão
e o mesmo desta vasta imensidão.
Morgado, Almir Morgado!
Nesta terça feira, 18 de Julho, estive na casa do meu irmão e companheiro de jornada, Almir. Figuraça! Rimos muito. Aliás, o riso é sua marca registrada. Sua gargalhada é simplesmente impagável. É um arrasa quarteirão.
Conheci o Almir no ano de 2005 mais ou menos. Ele era o encarregado pela sopa do Irmão Jacó, às sextas feiras. Filas enormes se formavam após os trabalhos de evangelização, doutrina e aconselhamentos no centro.
Ficamos alguns anos sem nos encontrar, mas sua missão em servir ao próximo o levou ao Carminha, anexo ao LEAL, uma casa de idosos onde entre outras atividades, ele vinha cuidando juntamente com outros trabalhadores, o famoso Yakissoba do LEAL. Mais uma vez no comando da cozinha. Sua sina.
Carioca do Meier, criado em Mesquita, vascaíno de coração. Casado com dona Graça, a quem ele apresenta vez por outra de "Gracinha". Tem uma paixão pela leitura, se dedica ao estudo da doutrina que escolheu como fonte inspiradora de renovação íntima e sempre disposto a ir onde o dedo de Deus aponta.
Mas, como ele mesmo faz questão de dizer, não é nenhum santo, longe disso, acha até que tem o estopim curto, Modesto.
Certa vez, estava eu numa espécie de pedágio, reivindicando melhorias para a rua lateral da BR saída para Cuiabá, próximo à rua 2¹/² isso mesmo, (dois e meio), ele e a Graça estavam vindo na fila de carros que eram liberados um a um depois de ouvir aquele blá, blá, blá de histórias que acabaram dando em nada, tanto governo quanto prefeitura não fizeram nada e deram menos bola ainda. Quando ele passou por mi, dava pra ver a cara de poucos amigos que ele estava. Com olhar fixo e vidrado no carro logo à frente tentando ultrapassar, acenei com a mão e o saudei pelo nome, a Graça percebeu e me reconheceu, ele muito puto, fez um gesto com o braço na minha direção, sem tirar os olhos da pista e xingou alguma coisa que de cristão não tinha nada. Achei muito engraçado, me desmanchei de rir e certo de que a Graça havia me reconhecido, saiu xingando esbaforido.
É dessas criaturas que você fica escutando horas e horas e não vê o tempo passar. Desenvolve um trabalho voluntário na ala de psiquiatria do Hospital de Base, há mais de 10 anos aos domingos, escuta, escuta, escuta, e escuta. Quando tem oportunidade, e sempre surge, fala, fala, fala... e fala. A doação é um mister de sua personalidade.
Pai de três filhos, duas formadas, a Larice é médica e a Isabele, advogada, ambas moram fora do estado. O Menino, Kayo, ainda mora com eles, faz Educação Física.
Este é o box da Conceição no Mercado do 1.
Já expliquei aqui mesmo neste blog em texto anterior, o significado de “do 1”. Vivendo de Inhapa
Ali se tem o que é de tradicional na culinária portovelhense, sobretudo, no café da manhã. Tapióca, cuscuz, curau, coisas do norte que o nordeste também colaborou com sua migração para essas bandas. Tem também o jeitinho Conceição de atender, cada box tem o seu, questão de preferência, gosto não se discute, contempla-se. Volta e meia surge um conhecido, amigo, alguém que não se via a tempos.
Mercado municipal é assim, popular e agregador.Não pode faltar a pimenta de especiarias.
Esse é o cartão postal, literalmente postado na parede do mercado.
A Correria
Tudo parece descontrolado, um sistema de transito completamente sem nexo, direção é a que o cliente pede, vira daqui, desvia dali e a vida segue num ritimo energizado e certeiro.
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